O Murcha de Verticílio é uma das mais importantes doenças que afetam a berinjela no mundo inteiro e de ocorrência muito frequente no Brasil. Ela é uma doença de solo causada pela presença de um fungo que invade os feixes vasculares das plantas causando o murchamento das mesmas. Os sintomas externos visíveis na planta podem ser observados na parte aérea quando ocorre murcha em um primeiro momento e após alguns dias é acompanhada de clorose das folhas mais velhas e depois das folhas mais novas. As bordas foliares muitas vezes adquirem um amarelecimento intenso, seguido de necrose, em forma de cunha.
Fazendo-se um corte na base do caule de plantas com sintomas externos pode se observar uma descoloração amarronzada nos vasos internos da planta.
A Murcha de Verticílio ocorre com maior frequência em temperaturas mais amenas, sendo mais comum a presença dela nas estações de outono e inverno no Brasil.
Por tratar-se de uma doença de solo, o seu controle é bastante difícil, requerendo várias medidas para que perdas significativas não aconteçam. Não há cultivares resistentes e são poucas as fontes de resistência parcial conhecidas.
Medidas de controle recomendadas:
- Plantar apenas sementes ou mudas adquiridas de firma idónea
- Plantar em áreas bem ventiladas, evitando plantios muito densos;
- Plantar em solos bem drenados, não sujeitos ao acúmulo de água;Não irrigar em excesso;
- Fazer o cultivo em solos sabidamente não contaminados por esse fungo;
- Fazer rotação de culturas por 2 a 3 anos com plantas não hospedeiras do fungo como as gramíneas, antes de plantar berinjela novamente.
O controle químico é geralmente inviável economicamente sendo possível hoje o uso de agentes biológicos para o controle dessa doença.
Uma das técnicas atualmente utilizados para se minimizar os danos causados pelo ataque do verticilium é o uso da enxertia com variedades de porta-enxerto de tomate, como por exemplo emperador e embajador.